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05/06/2023
Contorno Viário da Grande Florianópolis, uma obra projetada e executada em harmonia com o meio ambiente
No dia 5 de junho é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Anualmente, nesta data, a pauta sobre o equilíbrio entre o desenvolvimento urbano e a preservação ambiental vem à tona. Afinal, como executar grandes obras que atendam as necessidades da população e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente? Essa equação é possível? Projetos como o do Contorno Viário da Grande Florianópolis provam que sim.
A futura rodovia tem uma extensão de 50km e passou por um complexo processo de licenciamento ambiental federal, concedido pelo IBAMA, órgão que também é responsável pelo acompanhamento periódico do cumprimento de todas as condicionantes ambientais. Esse monitoramento também é feito pela Funai, responsável por acompanhar o componente indígena do Plano Básico Ambiental, e pelo IPHAN, que verifica o trabalho arqueológico da obra.
O Plano Básico Ambiental do Contorno Viário da Grande Florianópolis contempla a realização de 13 programas ambientais, divididos em subprogramas, que, juntos, são responsáveis por monitorar, controlar e reduzir os possíveis impactos da obra sobre o meio físico, biótico e socioeconômico da região do empreendimento.
A gerente de sustentabilidade e meio ambiente do Contorno Viário, Daniela Bussmann, explica que todas as atividades realizadas na obra do Contorno são 100% alinhadas às condicionantes ambientais. “Nenhuma rocha é movida de lugar sem que tenha o acompanhamento rígido da equipe. A obra foi projetada e é executada para minimizar ao máximo os impactos ao meio ambiente”, explica.
Exemplo disso são as técnicas de engenharia utilizadas, como a redução do canteiro central, muros de contenção, estratégias de geotecnia e túneis, que, juntos, reduziram em cerca de 25 hectares a supressão de fragmentos de Mata Atlântica.
Já para os trechos em que não foi possível reduzir os impactos sobre a flora, a concessionária desenvolve planos de compensação ambiental. Um desses planos beneficiou a Baixada do Maciambu, no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Palhoça. Somente nessa área foram investidos R$ 4,6 milhões. Foram reflorestados 166 hectares com mudas nativas, volume muito superior à condicionante, de 39 hectares.
Considerada a maior unidade de conservação de proteção integral de Santa Catarina, o local também recebeu um espaço para garantir a qualidade das espécies até o tamanho ideal exigido no plantio. Ao todo, foram plantadas mais de 25 mil mudas de diferentes espécies. Ao mesmo tempo, foram removidos cerca 56 mil exemplares de espécies exóticas, contribuindo para a regeneração da restinga. A espécie com maior incidência encontrada foi o pinus, que é muito agressivo e cobre rapidamente todo o solo, não deixando que a vegetação nativa se desenvolva. Somente de pinus, mais de 30 mil unidades foram retiradas.
Fauna e Flora preservadas
A fauna e a flora da região da obra também são prioridades. Ao longo de todo o projeto, estão sendo construídas 25 passagens de fauna, que são estruturas que permitem o deslocamento dos animais que vivem na mata do entorno sem o risco de atropelamento.
Além disso, durante todo o processo de construção da obra, o Programa de Monitoramento e Afugentamento de Fauna também tem destaque. O objetivo dele é efetuar a captura, transporte e realocação dos animais e assegurar sua sobrevivência durante as atividades, além de disponibilizar atendimento médico-veterinário quando necessário.
O trabalho é realizado por biólogos e técnicos ambientais e é desenvolvido sempre que houver necessidade de retirada de vegetação em algum local específico para a construção de um trecho da nova rodovia. Realizado desde 2014, o programa já efetuou o resgate de mais de 1.411 animais que foram destinados à soltura na natureza em segurança.
O trabalho de resgate de flora segue a mesma linha. Com o objetivo de minimizar o impacto das obras na flora da região para manter a biodiversidade do ecossistema local, a concessionária já resgatou mais de 244 mil espécimes em toda a extensão da obra.