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13/04/2017

FATMA E AUTOPISTA LITORAL SUL LANÇAM PROJETO DE RESTAURAÇÃO DE 350 HECTARES DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO TABULEIRO

Recursos da ordem de R$ 4,6 milhões serão empregados na recuperação da Baixada do Maciambu, em Palhoça, como compensação ambiental pela construção do Contorno Viário de Florianópolis.

A ação, batizada de Viva Restinga – Projeto de Restauração da Baixada do Maciambu, foi lançada pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) e Autopista Litoral Sul. A concessionária, que é responsável pela implantação do Contorno Rodoviário de Florianópolis, tinha a determinação – exigida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em razão da vegetação suprimida para a obra – de recuperar  por meio de compensação uma área de 83,26 hectares. Porém, devido à eficiência da metodologia adotada, serão restaurados 350 hectares, o equivalente a aproximadamente 500 campos de futebol, potencializando os ganhos para a biodiversidade. O trabalho irá se estender por seis anos, entre restauração e monitoramento, e, ao todo, serão empregados R$ 4,6 milhões.

O que vai ser feito

As ações de restauração englobam o plantio de espécies nativas da restinga e o controle e retirada de vegetação exótica, principalmente do pinus (Pinus SP). A eliminação do pinus e de outras espécies que não são originárias da região é necessária, pois elas impedem o desenvolvimento das plantas silvestres e ainda interferem no ciclo de vida de aves e roedores nativos da Mata Atlântica. Para a regeneração da flora nativa, aproximadamente 25 mil mudas de diferentes espécies serão plantadas no local. Entre as principais, estão araticum, guamirim, aroeira, butiá e guabiroba. A lista de espécies foi elaborada com base em estudos realizados em conjunto com técnicos da Fatma.

Para o superintendente do Contorno de Florianópolis, Marcelo Modolo, a ampliação da área de restauração contribuirá para a conservação da biodiversidade e também vai ao encontro dos objetivos de atuação da companhia de deixar um legado nas regiões em que está inserida. “Todos os esforços aplicados na região são de grande valia para a conservação do ecossistema da mata atlântica e irão potencializar os benefícios para o meio ambiente”, afirmou.

Escolha do local de restauração

A escolha do local de compensação na Baixada do Maciambu – área pertencente ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, maior unidade de conservação de proteção integral de Santa Catarina – foi feita pela Fatma por ser considerada de relevante importância ecológica e geológica, além de já ter sofrido com a ação humana. Para o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick, a ação da concessionária é um exemplo a ser seguido. “Extremamente positiva a iniciativa da Autopista em ir além do que determina a legislação. Mostra o comprometimento da empresa com o meio ambiente. O plantio na área do Parque Serra do Tabuleiro será um projeto piloto. É a relação do empreendimento com a unidade de conservação que está próxima. Se a relação for exitosa, o projeto será aplicado em outros parques estaduais de Santa Catarina”, concluiu.