Um grupo de indígenas das comunidades que fazem parte do Componente Indígena do Plano Básico Ambiental do Contorno Viário de Florianópolis participou de oficinas técnicas promovidas no âmbito do programa para debater a situação das comunidades e prever melhorias na área de saneamento em cada aldeia. Os participantes são Agentes Indígenas de Saneamento, os Aisans, que são membros de comunidades indígenas responsáveis pelo saneamento das aldeias após serem treinados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

A atividade, coordenada pela consultoria contratada pela Arteris Litoral Sul, teve a duração de dois dias e começou com uma apresentação pessoal de todos os participantes, além de um debate sobre saúde e a visão dos indígenas sobre saneamento. O grupo trabalhou em conjunto em um ensaio bacteriológico de qualidade da água, com os resultados sendo observados no segundo dia de oficina.

Além da parte técnica, com os testes e apresentação de dados primários levantados sobre as aldeias em um questionário específico, o grupo trabalhou em conjunto para estipular metas de melhorias do saneamento em cada comunidade e refletiu sobre o sistema de agua/esgoto de cada aldeia, apontando as potencialidades e deficiências do sistema, usando mapas com imagens aéreas das aldeias.

O Componente Indígena do Plano Básico Ambiental (CI-PBA) é um programa integrante do processo de Licenciamento Ambiental do Contorno Viário de Florianópolis que compreende *10 comunidades indígenas da região da Grande Florianópolis. As medidas que estão sendo colocadas em prática têm o objetivo de evitar, reduzir e compensar impactos socioambientais da implantação e operação da nova rodovia sobre estas comunidades indígenas na área de influência do empreendimento.

* Áreas indígenas que compõem o CI-PBA: M’biguaçu, Morro dos Cavalos, Amaral, Itanhaém, Massiambu, Praia de Fora , Cambirela, TI Ygua Porã (Amâncio), Canelinha e Praia de Fora 1.