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04/07/2016
TRABALHADORES DO CONTORNO VIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS PARTICIPAM DE OFICINAS DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
A atividade é parte do licenciamento e fundamental para que os colaboradores conheçam o trabalho arqueológico desenvolvido nas obras.
As atividades de Educação Patrimonial acontecem mensalmente com os trabalhadores que atuam na construção do Contorno Viário de Florianópolis. A última oficina ocorreu na segunda quinzena de junho e foi direcionada aos colaboradores que executam as obras no Trecho Norte B, em Biguaçu. Durante a atividade, os colaboradores têm a oportunidade de aprender o que é arqueologia, que tipo de trabalho arqueológico é realizado nas obras do Contorno de Florianópolis, como a arqueologia entra no licenciamento ambiental e como a Autopista tem cumprido todas as etapas necessárias de Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial.
Além das explanações gerais sobre arqueologia, o foco da oficina – que tem o formato de palestra e espaço para questionamentos – foi nos tipos de sítios arqueológicos encontrados na região, como identificá-los e o que fazer caso os trabalhadores encontrem algo. A orientação sempre é comunicar o arqueólogo de campo, que vai verificar se realmente o local é uma evidência arqueológica. Sempre há receptividade dos trabalhadores para o tema, e as principais perguntas que surgem são sobre as datas dos sítios encontrados, como os primeiros habitantes do Brasil faziam suas ferramentas, além das perguntas lendárias sobre “panelas de ouro”.
Para Cauê Cardoso, mestrando em Arqueologia e educador patrimonial responsável pelas atividades com os trabalhadores, as ações de Educação Patrimonial com os funcionários são essenciais para que eles conheçam o trabalho arqueológico; “e entendam que, além de uma obrigação legal, proteger os sítios arqueológicos é uma forma de proteger a própria história”, destaca.
Cardoso ainda salienta a importância dos trabalhadores conhecerem os tipos de sítios arqueológicos encontrados na região do empreendimento para que reconheçam os vestígios arqueológicos com potencial de serem encontrados. “Mesmo que haja um arqueólogo realizando monitoramento, são eles que estão nas frentes de trabalho, portanto, há uma grande possibilidade se depararem com um sítio arqueológico. Assim, caso isso aconteça, as chances de um impacto negativo diminuem muito”, completa o educador.